quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Último dia do ano

Só mais um título clichê para que não passe em branco. Não tenho muito para dizer, estou na serra, deliciando-me com a natureza. Estou a meio passo de ser bióloga, me aguardem.
Um feliz ano novo
E dessa vez, não ofereço nada para 2010

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Teoria da Relatividade

Proposta por Eistein em alguma década do século passado, essa teoria serviu para muitas outras coisas. Nela surge outra dimensão, a do tempo. Variável assim como a massa e o comprimento dos objetos desde que um deles tenha velocidade comparável a da luz. Sim, a explicação está péssima e qualquer físico de beco iria brigar comigo por dar uma explicação tão ridícula. Mas o que eu quero falar não é sobre essa teoria. Não exatamente.

Para entendê-la é preciso abrir a mente. Sim, abrir a mente e esquecer que as coisas são fixas e imutáveis. Quando na velocidade da luz, tudo muda. O tempo dilata, assim como o comprimento. Massa se transforma em energia e vice-versa. O universo é o limite. Não é tão fácil compreender quando se tem uma mente fechada, uma mente cujo limite de velocidade é de no máximo 300km/h, para essa mente, tal velocidade é extremamente rápida e praticamente inalcansável. Para uma mente tão limitada, jamais um corpo poderia aumentar ou diminuir de tamanho. Mentes limitadas são um atraso. Elas atrasam a ciência, a sociedade, as relações. Estranho pensar assim? Não mesmo. Entender a relatividade é simplesmente saber que tudo é relativo. E tudo realmente é relativo. Para compreendê-la é preciso se desprender de tudo, abrir a mente e deixar-se viajar. Se mais mentes fossem abertas assim, garanto que o mundo seria um lugar melhor, mais habitável. Se mais pessoas fossem capazes de deixar-se levar, desprender-se de tabus e amarras toscas, tentar colocar-se no referencial do outro... caramba, seria um mundo bem legal de se viver.

Por isso aqui fica a minha mensagem de Natal, Ano Novo ou qualquer coisa que outras pessoas comemorem como rito de passagem:

Abram a mente, desamarrem-se, mudem de referencial. A velocidade da luz é para todos, mas nem todos são para a velocidade da luz. Para pertencer a esse grupo é só deixar-se liberar.

Vamos lá, esqueçam as amarras!

sábado, 12 de dezembro de 2009

Eu

Eu sou uma pessoa comum, normal. Alguns me tacham de estranha, louca, grosseira, fria. Mas eu sou somente eu, uma pessoa de 17 anos. Não sou menina e nem mulher, estou no meio de uma ponte confusa e no entanto só quero sentar e observar os peixes a nadar. Posso ser a pessoa mais engraçada do mundo para alguns e ao mesmo tempo a mais irritante e grosseira para outros. As pessoas têm de mim aquilo que é ganho por merecimento. Sou perfeita em todos os meus defeitos, sou a junção de todos os livros, poemas, filmes e músicas que já ouvi e de todas as danças que já dancei. Tenho sonhos, ilusões e a maior parte do tempo estou perdida em pensamentos. Acredito na lei tríplice, acredito nas vozes da minha cabeça e que abraçar alguém quando essa pessoa menos espera é a melhor forma de demonstrar ternura.
Acredito que para tudo se tem um preço e as vezes nós simplesmente não podemos pagar pelo que temos. Gosto de ter mais de uma personalidade e confudir as pessoas com isso, gosto de como posso mudar meu humor facilmente, ok só as vezes, gosto de fazer as pessoas rirem. Não de mim, mas comigo. Quero ser sempre a pessoa com quem se pode contar e confiar. Não gosto de pessoas cruéis embora muitas vezes eu seja uma delas, não gosto de hipocrisia e de lugar comum, não preciso ser o centro das atenções para estar satisfeita. Não posso parar, preciso estar em constante movimento ainda que parada. Como disse um grande amigo: 'Sou uma garota agitada de desejos sedentários'.
Eu sou tudo isso e talvez mais alguma coisa.
Prazer em conhecer.

sábado, 31 de outubro de 2009

Sobre as coisas que mar traz

Aqui, sentada na varanda da minha casa de praia, vejo o tempo passar. Lento, tedioso, levemente frio. Já é noite e as ruas do condomínio estão escuras. Ouço os grilos e a tv lá longe. Lembro-me de horas mais cedo, quando sozinha encarei o mar e me concentrei em seus sons. O som do vento forte a bagunçar os meus cabelos, o som das ondas quebrando... e nada mais. Nada mais além da sensação da areia molhada entre os dedos, o catar das conchinhas, e mais sons e mais pensamentos. Na verdade, não pensei em algo fixo. Deixei-me levar por aquela calma que só o mar e a serra têm. Falando em serra, essa pessoa afetada que vos fala ausentar-se-á após o vestibular da federal. Vai para a serra, passar alguns dias, pelas contas uns dez ou menos. Vai relaxar enquanto vê o lago, sente o cheiro doce do ar puro, colhe flores e pensa sobre os acontecimentos e sensações não só do ano mas de todos os 17 já vividos. A pretensão de escrever um 'diário de bordo' é grande. Afinal, como a queria Simone, essa pessoa afetada anseia em traduzir suas sensações do mundo em palavras, postas em um livro e passadas de geração para geração. Ah, escrever. Posso não ser a melhor, ou sequer chegar a posição de 'boa', mas as vezes as palavras palpitam em minha mente. Como na última quinta-feira, quando uma carta começou a ser ditada pelas vozes e eu tive que escrevê-la, ainda que tão tarde da noite. Escrever é tão bom. Tão deliciosamente preenchedor. Escrever e ler são duas das atividades que preencheram o meu interior durante tantos anos. Livros como: Eva Luna (possível nome artístico), Sophia, Asas Partidas, Memórias de uma moça bem-comportada... estes poucos e muitos outros títulos, mudaram um pouco essa pessoa e a fizeram pensar em como escrever o próprio, como traduzir tudo aquilo que é dito pelas vozes, como traduzir o vazio e o amor que tanto lutam dentro dela. E é assim, sentada na varanda, sentindo o vento e o son agudo de uns poucos morcegos, que essa pessoa afetada pensa na serra. Ah, a doce serra... local tão mágico e tão místico. Visitar o túmulo da avó, dedicar-lhe flores e carinhos daquela que foi a MELHOR avó do mundo. Aquela que a chamava de 'neta de dois corações', que dizia ter orgulho de uma neta tão estudiosa, aquela mesma que tão fraca ficou em seus últimos dias. É assim... que ela pensa. Em chegar, ser recebida com o carinho dos parentes distantes, comer daquela comida caseira tão gostosa. Saborear o café no clima que só a serra tem, pensar na vida e escrever sobre a mesma. Afastar de tudo, fazer um verdadeiro retiro espiritual, tentar acalmar-se e reorganizar todos os fatos, traçar metas e planos, recarregar para o ano que logo, logo virá. Tantas coisas novas, tantos desafios, toda uma vida a ser construída e vivida. É preciso pensar muito, pensar sobre o hoje e ontem, esquecer de uma vez aquelas pessoas que tanto machucaram-me. Lembrar daquelas que andei esquecendo e tantas outras coisas.Sabem, agora não tenho mais vontade de parar de escrever. Vontade de deixar meus dedos tomarem conta de mim e dançarem no teclado. Falando em dança, o espetáculo está próximo. Está ficando lindo e a cada novo ensaio meu coração se enche com algo tão puro e belo que um sorriso brota em meu rosto. Dançaremos dança indiana! E também a dança do ventre clássica. Contaremos a história dos ciganos, como os mesmos se dispersaram da índia e vieram parar aqui, no nordeste. Mais uma vez meu coração palpitará forte, não conseguirei comer direito... e esse ano é especial, sabem? Entre tantos na plateia, um a quem meu coração pertence estará e isso me faz querer dançar da forma mais bela e sublime.E é assim... sem querer terminar, que eu termino esse post. Vou ouvir mais músicas, pensar em textos, lembrar de fatos. Ou apenas me distrair jogando Popmundo.
Uma boa noite, bom feriado.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Duas retas paralelas... que se encontram no infinito

Esse feriado tem sido, de certa forma, um pequeno processo de cura. Relaxamento. Sem me importar com amanhã ou depois, apenas sentindo a brisa que mar trás e deixando os pensamentos correrem assim... soltos,livres.
Não tenho muito o que falar, apenas calma de espírito, risadas, bobagens.
Um feliz dia das crianças para todos vocês :D

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Mais um!

Hoje vai ser assim. Cheio de posts. De repente eu estou com crise de palavras. Sim, elas começam a brotar na minha mente e querem ser faladas ou escritas. Vão se empilhando, formando longas sentenças, histórias, conversas. Preciso colocá-las aquir, deixá-las tomar forma, vida e tudo o mais. Mas as vezes elas simplesmente param, e eu fico lá, sozinha e toda estranha.
Falando em escrever, uma atividade que tem tomado meu pouco tempo livre é escrever (Ooohhh!), na verdade escrever cartas. Sim, daquelas feitas com papel bonito e letra redonda, colocadas em um envelope e mandadas para algum lugar. Gosto de escrevê-las, caprichar na letra e escrever algo bobo e singelo. Tenho escrito-as para duas pessoas. Uma é o meu namorado, que acho que todo mundo já sacou que ele não mora na mesma cidade que eu. A outra é para uma amiga que o tempo não conseguiu levar. Conhecemo-nos pela internet e infelizmente é nela que a amizade continua, mas isso não a fez diminuir. Trocamos cartas e dividimos segredos e comentários sobre nossa rotina. Acreditem, poucas coisas no mundo são tão emocionantes como receber cartas. Abrí-las, lê-las, perceber a emoção. Ou será que vocês nunca ouviram falar na ciência que decifra caligrafias? Já ouviram falar em Linguística Forense? São coisas como essas que tornam as cartas mais emocionantes ainda. Sei que na era da informática e praticidade, escrever uma carta é algo penoso e chato. Mas tentem fazer isso, mesmo que para a pessoa do lado. Afinal, por mais que sejamos modernos acho que nunca deixaremos de gostar dessas coisinhas "velhas" que aquecem o coração.
Escrevam cartas crianças.
Mais uma vez tenho que terminar aqui, as vozes na minha cabeça silenciaram... hmmm acho que estou com fome.

Vestibulando

Acho que todo mundo já está cansado de saber que eu me encaixo nessa classe de sofredores e frustrados (vide ENEM) do nosso Brasil Baronil (ok de onde eu tirei isso?). Confesso ultimamente ter deixado de lado os estudos. Sei lá, as vezes as horas que deixamos de estudar são mais válidas do que aquelas em que estudamos. O vestibular é daqui a dois meses mas não se preucupem. Após o feriado esta pessoa afetada irá se transformar em uma verdadeira book warm . Não poderia ser diferente. Apesar da fama que o curso de Biologia tem de ser fácil de entrar... não devemos contar com a sorte, se contássemos o ENEM não teria sido anulado.
Falando nisso...
Só poderia ser no Brasil mesmo. O MEC do nada decide que o ENEM será o novo vestibular, federais aceitam, professores correm para dar o conteúdo a tempo, alunos tentam se atualizar e se conter para não fazer uma redação que fira (é assim que conjuga?) os direitos humanos e blá blá blá. Aí chega na ante-véspera (foda-se a nova ortografia) pra CANCELAR? Porque algum idiota roubou a prova? E pior, ler a prova e perceber que a mesma contém ERROS! Claro que é humano errar, mas em uma prova que deveria ser o novo vestibular, deveria filtrar excelentes alunos e outros blá, isso é INADMISSÍVEL! Podem ter certeza o quão frustrada fiquei. E olha que o ENEM para mim só conta como última nota no boletim, mas eu fico pensando naqueles outros alunos, os que receberam a notícia em julho ou agosto e tiveram que correr atrás do tempo! Ridículo. Não há outra palavra para descrever não só essa situação mas como a situação da educação em geral. Maaas fazer o que, mantendo as pessoas burras é muito mais fácil de controlá-las.
Pronto, vomitei tudo o que queria.
Voltando à programação normal...
Projetos e mais projetos fervilham nesta mente atormentada. Um scrap book para fechar com chave de ouro mais uma fase que termina, uma viagem com os amigos, o namorado vir me ver dançar no teatro e é claro, passar no vestibular.
Espero que eu possa terminar bem todos esses projetos (sou humilde tá?), podem ter certeza de que essa pesssoa atormentada vai melhorar e muito, mas acho que melhorar mesmo e de verdade... só com umas balinhas controladas que vendem lá na farmácia.
Sabem, apesar do teor melancólico, suicida e hiper-triste dos meus posts, a maioria das pessoas me conhece como uma pessoa engraçada. Mas acho que não sou lá muito boa para pôr isso no papel, sou mais daquelas comediantes que usam expressões (troco muito rápido e modifico tom de voz), pensei em colocar um vídeo, mas odeio me ver na telinha...
Vamos terminar por aqui antes que a coesão do texto se perca em ironia tautônica =P

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Updating

Estou nostálgica e precisava colocar essa música aqui:

E este é o milagre que mantém as estrelas separadas. Eu carrego o seu coração, carrego-o no meu coração.

E de repente meu coração se enche de um sentimento feliz. Não daqueles que nos fazem gargalhar, mas daquele sentimento que nos enche, uma ternura boba e uma felicidade medida. Uma música e um poema me deixaram assim. Tudo o que quero agora é aproveitar essa coisa boba no meu peito. Esquecer dar dor e tristeza e me entregar ao momento. Tenho meditado sobre minha vida, minhas escolhas e as mudanças. Tenho 17 anos e o saldo da minha vida é o seguinte: por algum tempo tive as melhores notas, mas com alguns problemas elas foram diminuindo e hoje sou apenas uma aluna mediana. Apaixonei-me intensamente por duas pessoas, a primeira me magoou muito mas eu estava impressionada demais para perceber. A segunda cuida perfeitamente de mim e acho que na verdade eu sempre a amei, mesmo quando a primeira fazia parte do meu coração. Conquistei bobagens que para mim são grandes passos. Conquistei amizades que serão eternas ainda que a distância. Não tenho filhos, não sou casada. Sou dançarina e quando subo no palco me transformo. A pessoa afetada que vos fala dá lugar a uma mulher, simples assim. Ainda tenho sérios problemas com o espelho, ainda não me reconheço completamente. Estou apaixonada, profundamente e dolorosamente apaixonada.
Acho que se eu continuar não será um saldo e sim uma rotina. E falando nela, esse final de semana com certeza esteve fora. Começou numa sexta a noite e um barzinho com amigas. Conversas, risadas, planos, saudades. Uma noite que fazia falta. No sábado mais uma saída, um evento de caridade, ver minha professora dançar, admirá-la, passar um tempo precioso com meu pai e é claro fazer comentários bobos sobre as pessoas vestidas com péssimo gosto. O domingo de manhã foi regado com uma aula-show de história, músicas engraçadas e um exemplo a seguir. Um professor cuja sala de aula é no teatro. Domingo a noite? Voltar ao teatro, ver a história de Salomé, sentir a magia que está dentro daquele local. Posso dizer que fui feliz.
O ENEM é nesse final de semana, me sinto apreensiva mas acho que não me sairei tão ruim assim. O vestibular está cada vez mais perto. Será que essa pessoa será uma universitária ano que vem? Bem... só esperando os dias passarem para ter certeza.
Sei que meus posts andam longos e de certa forma melancólicos. Mas ultimamente eu tenho tido a necessidade de por para fora tudo aquilo antes compactado, dolorido. Não ligo para a quantidade de comentários recebidos ou se vou ficar popular. De repente eu só quero traduzir em palavras os meus sentimentos. Falar, falar até que as palavras parem de surgir.
Estou boba, ouvindo música romântica, com vontade de dançar juntinho. Estou feliz pelo desânimo completo ter dado uma trégua. Acho que estou pronta para admitir que sou doente e que preciso me tratar. Já deixei que minha doença afetasse demais a minha vida... mas vamos com calma, vamos aproveitar os lírios e o céu, vamos sentar e observar o mar e quem sabe perceber que tudo vai passar... tudo, tudo passa...

~ Poema:

i carry your heart with me

i carry your heart with me(i carry it in
my heart)i am never without it(anywhere
i go you go,my dear; and whatever is done
by only me is your doing,my darling)
i fear
no fate(for you are my fate,my sweet)i want
no world(for beautiful you are my world,my true)
and it's you are whatever a moon has always meant
and whatever a sun will always sing is you

here is the deepest secret nobody knows
(here is the root of the root and the bud of the bud
and the sky of the sky of a tree called life;which grows
higher than the soul can hope or mind can hide)
and this is the wonder that's keeping the stars apart

i carry your heart(i carry it in my heart)

(e.e.cummings)


domingo, 9 de agosto de 2009

6 horas

Faltam seis horas para o domingo acabar. Seis horas que irão e trarão mais uma segunda, que trará mais uma semana que por sua vez trará mais e mais coisas. Meus braços doem, tendinite* a vista, meu pescoço e meu ombro incomodam. Estou agoniada, agoniada pelas coisas que deixei de estudar e por todas aquelas que deixarei. Agoniada por não ter feito nada divertido, agoniada por meu peixinho betta que está triste e descolorido, além de estar levemente inchado. Agoniada pelo meu pai que não quis ir comer comida chinesa por estar triste. Agoniada por mim mesma e pela saudade que sinto 'daquela' semana em que o tempo passou tão devagar em alguns momentos, fazendo-os perfeitos, e voltou a correr em velocidade enorme.
Pensando em como eu posso ser tão egoísta e as vezes tão sem amor para com os outros, pensando nas pessoas que sentem tanto a minha falta e eu... passo o dia sem pensar nelas. Pensando naquela menina que encaro todos os dias no espelho, com olheiras cada vez mais acentuadas, o cabelo em tons alaranjados que só um mago da tintura, mais e mais gorda ao passar dos dias (dança do ventre? ha! dança da pança meus senhores). Aquela menina estranha. Que estremece quando se lembra de coisas que gostaria de esquecer, assustando as pessoas ao redor. Aquela que fala e fala, e diverte-se em fazer os outros darem gargalhadas. Gosta de animar aquela aula chata e fazer todos rirem mais. Mesmo sabendo que no fundo eles acham-na deveras estranha e com tons de sociopata. Aquela menina que se sente desolada por ninguém querer manter conversas mais profundas com ela, dando a impressão que esta só serve para fazer rir e não para ajudar. Aí dá vontade de parar de falar. Calar a boca mesmo, pois quando ela se anima começa a falar e não pára. Não pára e acaba falando coisas que não devia, coisas dela. E então se sente vazia, e vai para casa pensando em não mais voltar para lá, querendo mudar de colégio novamente para poder matutar sozinha seus pensamentos e rir com eles quando esses são alegres. Mas não dá, afinal este é o último ano do Ensino Médio. Próximo ano ela tem que ir para a faculdade, ganhar um diploma e ser alguém na vida. Ir para lá e fingir que está tudo bem, que ela está preparada e é madura o bastante. Quando na verdade ela gostaria de se esquecer e estudar coisas mais profundas do que as assíntotas de uma parábola ou que duas retas não se encontram, ou se encontram visualmente no infinito. Ela quer estudar artes e conhecer cada estilo de pintura, deliciar-se com a boa música e entendê-la em todos os seus acordes, absorver tudo que o mundo pode lhe dar, pegá-lo com uma mão só e transformá-lo em parte de seu corpo. Quer viver intensamente, tão intensamente que não se importaria de ir embora um pouco mais cedo, desde que fosse no momento certo.
Deve ser por isso que ela quer biologia. Assim ela poderá estudar desde o grão mais simples até a química cerebral mais complicada e desafiadora, que por um acaso é a área em que ela pretende atuar. Mas a melhor parte de todas é que quando tudo estiver cinza e cansativo, tudo poderá ser jogado e poderá ser trocado pelo estudo dos animais, por um lugar junto ao IBAMA para proteger os bichinhos que matamos todos os dias. E ainda sim se ela cansar desses bichinhos, poderá estudar as plantas, criar a partir de cruzamentos novas e coloridas variedades. E mesmo se nada disso a satisfizer, poderá ser professora e ensinar algo mais além do óbvio. Ser como os seus professores/ídolos e ensinar não só que o cálcio participa da formação dos ossos e dentes na forma de carbonato ou que se um casal de olhos azuis tiver filhos, estes terão obrigatoriamente olhos azuis.
Ensinar que existem provas mais difíceis do que um vestibular e que para essas não existe nota, ensinar que vale a pena esperar pelo beijo perfeito de alguém amado, que vale a pena abraçar o seu pai quando ele menos espera, pois quando você menos esperar ele terá ido embora. Vale a pena sentar no colo da sua mãe porque nenhum outro colo jamais será tão acolhedor, tão bom de deitar. Vale a pena cultivar boas amizades, cuidar daqueles que as vezes mesmo sem falar nos pedem ajuda. Ensinar que existem coisas além de boas roupas e a balada perfeita, existe o mar. Aproveitar para dizer que precisamos cuidar do nosso mundo senão não teremos mais nada. Dizer assim, só de passagem, que talvez o melhor orgasmo seja aquele onde os dois se amam e não aquele onde os dois estão apenas com um tesão de doer os ossos, dizer enfim que tudo, tudo na vida passa. Mas as palavras de ódio e rancor que jogamos ao vento ficam e reveberam na mente das pessoas que magoamos. Dizer mais baixinho ainda que para cada coração quebrado há um preço a ser pago... e não são todos que podem pagá-lo com uma simples taxa.
Talvez ela não seja a maior e melhor, mas tudo o que ela quer é ser algo ou alguém. Ser aquele alguém para uma pessoa. Sim, ser aquela pessoa que alegra e que desperta o melhor sentimento do mundo, cuidar de quem precisa e abraçar quem menos espera. Ela quer poder andar descalça na areia da praia saboreando o vento em seus cabelos, catar conchinhas e brincar de fazer figuras na areia. Acordar sem se importar tanto com a imagem refletida no espelho, deixar-se despentear.
Talvez ser poeta seja um destino. Mas jamais escreveria versos tão bonitos como 'Ternura' de Vinícius de Moraes, nada tão cativador como 'eu te peço perdão por te amar de repente/ embora meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos' ou dizer que 'aqueles que mais sabem, mais sofrem com a realidade fatal' como Byron dizia. E é verdade, o saber traz a dor de conhecer o desconhecido para muitos e não poder fazer nada sobre isso, nada além de tentar advertir sobre os males que estão na próxima curva.
Mas a verdade mesmo... aquela verdade oculta para o mundo... ela gostaria de ter nascido em uma época menos futil, menos sem conteúdo. Quem dera ter nascido a tempo para curtir o Woodstock, poder cantar as músicas da época, poder dizer que esteve lá e dizer que os 70s foram uma época mais simples e mais intensa.
Talvez eu nem lembre como comecei o post, mas eu precisava tirar algumas palavras de mim. Jogá-las ao vento e ver o que acontece, digitar e digitar sem pensar se estou seguindo a nova reforma ortográfica ou se estou fazendo um texto coeso. Eu tinha escrito tudo isso uma vez antes de fechar a página acidentalmente. Em outros tempos teria desistido, mas não hoje, eu tive que escrever tudo isso, tentar, agir e acima de tudo arriscar.
E que venha a segunda.
* É assim que escreve?
Música que toca na minha cabeça quando menos espero

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Borboletas no estômago

Já ouvir falar dessa sensação. Sim, aquela sensação estranha de quando temos medo, estamos nervosos ou apaixonados. A minha foi por estar apaixonada.
Pois é? Lembram do pedido ao Papai Noel ?
Realizou-se!
Sim, sim. Essas lindas mãozinhas que enfeitam o post me abraçaram, brincaram com meus cabelos e rosto. E até agora eu estou incrédula. Após tantos anos sim disse anos eu o encontrei. Nos encontramos. Foi como eu sempre imaginei que seria só que mais divertido. Não sei exatamente o que dizer. Apenas que meu estômago foi inundado de borboletas quando sai do elevador e o vi sentado me esperando. Foi e será perfeito (ficaremos juntos por mais um dia). E quem sabe, esta pessoa afetada que vos fala volte aos eixos.
Porque sabe como é, todo mundo precisa de algo ou alguém para dar aquela injeção de felicidade.

~ Música feliz:

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Continuação

E assim, foram passando os dias, os meses,passou-se até um ano, e aquele sentimento pequeno que chegou em um momento pra lá de estranho só ia crescendo cada vez mais, alimentada por essas duas pessoas, dois desconhecidos. E a parte mais louca da história? Eles nunca haviam se visto antes, até hoje eles nunca se viram.
Mas de repente aquilo foi mudando, coisas aconteceram com ambos e os deixaram tristes, estranhamente não havia mais a mesma comunicação, o amor ainda era tão forte como no início, mas de alguma forma as conversas não eram mais tão longas e tão cheias de detalhes, e o rapaz começou a ficar ausente por muito tempo. A comunicação entre esses dois seres se tornou tão estranha, que esse rapaz certa vez disse a amiga da menina, que era preciso dela para que ele pudesse entender sua amada, ele disse que tinha dúvidas de que ela realmente gostasse de vê-lo, e isso foi crescendo. Mas mal ele sabia, que esse desejo de ser visto, nasceu desde a primeira conversa...
Não, o amor não foi diminuindo, ele apenas ficou... estranho.
Claro, haviam momentos muito felizes, lindas palavras, sonhos, planos, todo um futuro pela frente. Até mesmo essa menina que jamais se imaginou casada, sendo feliz ao lado de alguém, passou a imaginar-se em todas essas situações.
Mas como eu disse, as coisas foram piorando. Foi neste ano, que elas tomaram um rumo triste.
Este rapaz, queria partir, mas não da vida dela, mas da sua própria. E o que ele não sabia, é que ela também queria, há muito tempo... ela queria tirar férias de si mesma, só não o tinha feito por causa das suas duas únicas razões de viver, essas duas pessoas. Essa menina, se sentia patética, ainda vivia em uma farsa e muitos acontecimentos haviam deixado-a assim... Mas ela teve mais vontade de ir quando ele disse isso a ela, quando ela leu, seu coração se partiu, e lágrimas brotaram, ela simplesmente não poderia acreditar que tudo aquilo havia tomado o rumo que tomou, ela queria impedí-lo, por amá-lo demais. Mas ele estava tão confuso quanto ela estava, e continuava com essa idéia. Ela pediu que ele não partisse, que ele ficasse mesmo que isso representa-se a sua separação.
Essa menina, hoje, agora neste momento, não sabe que rumos tomar, ela não sabe o que irá acontecer e tem muito medo do seu futuro, tudo que ela queria era ser amada da forma que estava sendo, e agora ela já não tinha mais tanta clareza. Ela começou a achar que tinha algo errado com ela, que ela não conseguia fazer alguém feliz.
Essa menina ama tanto este rapaz, que poderia morrer por ele, para ser sincera, é esta a razão pela qual ela tinha certeza que o amava, porque certa vez uma freira lhe disse que o amor verdadeiro estava não nos beijos e em palavras românticas, o amor verdadeiro era a vontade de morrer pela pessoa amada, de dar a própria vida por quem se ama. Ela estava disposta a isso, ela ainda está. Mesmo que nada dê certo para ela, ela vai esperá-lo pacientemente, como uma criança que espera ansiosa o nascer do sol.
Ela o ama, e seria capaz de morrer por ele.



Continua...
Mas falta bem pouquinho :D

sábado, 20 de junho de 2009

A história de nós dois.

Este é um conto antigo, se é que pode chamar de conto, que estava em meu outro blog. Escrevi ouvindo a música Linger - The Cramberries, simplesmente achei que se encaixava. Espero que gostem.


A propósito, o vídeo não é tão legal assim... mas tem a música... então :D

Naquele ano, ela passava por transformações, sim, ainda haviam resquícios de sua "pop vida", mas ela sabia que de alguma forma já não era mais necessário, toda aquela farsa ou pelo menos uma boa parte dela, já poderia ser terminada, a maquilagem e as presilhas já poderiam dar lugar a um rosto limpo e um cabelo meio bagunçado. Uma pessoa, que ela conheceu bem no começo do ano, ensinou-a como ser ela mesma, e que se aceitar era bem melhor, mas essa história não vai contar a jornada dessas duas pessoas, contará a jornada da menina "pop" e um alguém, tão especial quanto o primeiro, mas que ela só conheceu no meio do ano.

Mas para entender essa história, é preciso ver todo o começo dela, como quando você quer entender algo e procura as suas raízes, essa história para muitos pode ser uma história de amor,para outros, apenas uma história triste.

Essa menina, a menina "pop" do começo da história, em suas grandes transformações, descobriu que de alguma forma, ela estava muito sozinha, então decidiu fazer o que todos fazem quando descobrem isso: ir a procura de alguém. Essa menina estava tão cheia de coisas na cabeça que mesmo sabendo das consequências de sua escolha, decidiu se jogar, a primeira pessoa que ela fez realmente não foi a sua melhor escolha. Ele também era um rapaz "pop", cheio de frases e com certeza do que chamamos de "lábia", ele prometia a ela mundos e fundos, mas de alguma forma ela sabia que nada disso acabaria bem, mas mesmo assim continuou. A pessoa que ela conheceu no começo do ano tentou impedí-la, mas ao mesmo tempo que essa primeira escolha acabava começava outra. Este outro rapaz, não era tão pop assim, mas tinha as mesmas frases e a lábia, mas havia algo de diferente nele, esse rapaz apesar de um pouco mais velho, chamava-a de "princesa", quase todos os dias acordava-a com uma mensagem, dizendo o quando ela era linda, esse rapaz realmente a amava e se preucupava com os mínimos detalhes, preucupava-se até se os seus pais iriam aceitá-los. Mas ela estava confusa, afinal a primeira escolha que ela havia feito, esperava uma resposta, ela sabia qual era mas não tinha coragem de dá-la. A segunda escolha, o amável rapaz, achava que estava sendo enganado pela menina, mas ela dizia que quem ela enganava, era a sua primeira escolha. E nesse turbilhão de coisas, emoções e acontecimentos, ela decidiu fugir por alguns segundos... nesse dia, ela decidiu utilizar-se do seu mais antigo truque para "fugir", entrou em uma conta diferente.
E foi quando ela conheceu o rapaz, que faz parte desta jornada, conheceu assim sem mais nem menos e posso garantir-lhes de que ela gostou. Não, ela não estava apaixonada, ela simplesmente gostava de conversar com ele, um rapaz tão legal e simpático que sempre que ele saía, ela ficava pensando como seria a nova conversa, fica tentando imaginar, como um rapaz tão legal foi parar em sua lista, se ela nem se lembrava de adcioná-lo. Bem, e essa vontade de conversar aumentou, como tinha de ser. E logo, ela já havia lhe dado o seu telefone, eles conversavam como quem se conhece a tempos, de uma forma tão simples mais ao mesmo tempo tão completa, que não haveria explicação plausível para tal.
Mas enquanto isso, as duas primeiras escolhas a esperavam, pacientemente pela sua resposta. A segunda escolha era a que mais desejava, acreditem esta era tão persistente que queria buscá-la no colégio, e passar pelo menos uma tarde com ela. Mas essa menina, ela estava cansada disso, tinha medo de magoá-los, mas mal sabia que o silêncio, apenas exaltava os nervos de todos.
E foi quando, em uma de suas saborosas conversas com este rapaz, ela lhe fez a seguinte pergunta:"Seus amigos irão rir de você quando disser para eles que gosta de uma menina de 13 anos." E ele respondeu:"Não quando eu disser que amo uma menina de treze anos." E foi assim, nada mais precisava ser dito, para falar a verdade, as palavras ditas foram apenas uma confirmação do que já era fato. E foi assim. Mas não, este não é o fim da história, seria fácil demais, não é?
As duas primeiras escolhas, cansaram de esperar, a segunda escolha passou de amor a ódio, em relação a menina, disse-lhe que era para ela ter dito antes, que ele gastava o dinheiro dele com ela, e tudo que ele queria era uma tarde, uma tarde apenas.
Podem chamar esta menina de louca, as vezes até eu acho que ela é louca. Como ela poderia trocar duas escolhas em sua cidade, tão próximas a ela, por uma terceira escolha que estava muito, muito longe dela? Que loucura é essa que a tomou e a fez trocar pela comodidade de alguém em sua cidade, por algo incostante e perigoso, e pior! Que poderia magoá-la pior do que jamais se magoou.
Há quem diga que ela estava louca, mas, existem aqueles sonhadores que dizem que ela estava simplesmente apaixonada, e ela estava! Aquele rapaz havia entrando nos pensamentos dela e não queria sair. Até aquela primeira pessoa que ela conheceu estava gostando da idéia.

terça-feira, 2 de junho de 2009

17

Hoje faço 17 anos. 'Que grandeza'. Não me sinto tão diferente assim, mas dizem que estou. É, essa coisa de crescer é mesmo muito engraçada. Não farei nada hoje, apenas no sábado. Prentendo ir para a pizzaria, comer e jogar guitar hero com a minha guitarra wireless (me chamem de nerd, geek, criança, não me importo, guitar hero arrasa :D). Vai ser um dia feliz e quem sabe eu filme minhas grandes habilidades como guitarrista.
Pois é, nunca pensei que chegaria tão longe. É como se os anos tivessem passado e eu simplesmente estivesse ficado lá, olhando-os passar e colecionando as melhores partes. Logo estarei na faculdade, espero, e tudo vai mudar, como muitos dizem. E nem sei mais quantas mudanças virão ou se estarei pronta para elas.
Por hora posso dizer que amadureci mais que a maioria da minha idade amadureceria. Porém não deixei de jogar video-games e gostar de animes. Continuo fazendo as piadas de sempre (em versão melhor) e tendo ideias absurdas sobre coisas mais loucas ainda. Continuo gostando de prever o compotamento das pessoas e estudá-las.
Deixei de ter medo de injeção e do escuro, nunca deixei de gostar de ler e de me perder em um libro. Sonho com uma realidade melhor e as vezes ainda me perco nessas fantasias. Estarei sempre rindo para fazer alguém feliz e sempre abraçando quem está triste.
Pois é, 17, logo 18... estou crescendo diante dos meus próprios olhos.
Feliz aniversário para mim!





Só porque a música é boa, e a garota tem 17 anos.
Sorte minha já ter quem me pegar para dançar =P

Quiz

Adoro essas coisinhas de respostas rápidas e que sempre rendem um post gigante :D

COMPLETE:
- Eu tenho: crises de choro

- Eu desejo: que a distância daqui para Brasília seja de 2m
- Eu odeio: não me reconhecer no espelho
- Eu escuto: músicas dependendo do meu estado
- Eu tenho medo de: perder minha memória
- Eu não estou: super animada
- Eu estou: cansada e com fome
- Eu perco: muitas, muitas coisas.
- Eu preciso: de um abraço e um sussurro:'tudo vai ficar bem' (de preferência no ouvido)
- Me dói: lembrar de certezas coisas

SIM OU NÃO?
- Tem um diário? Sim!

- Gosta de cozinhar? Adoooro
- Gosta de tempestades? Medo Ç_Ç
- Há algum segredo que vc não tenha contado à ninguém? Sim, muitos.
- Acredita no amor? Sim!
- Toma banho todos os dias? Sou noiada com meu cheiro. Serve?
- Quer casar? Prefiro 'juntar os trapos'
- Quer ter filhos? Eeerr...

QUAL É?
- A frase que mais usa no msn: Oi

- Sua banda favorita: X Japan 4ever 8D
- Seu maior desejo: superar essa fase (de aproximadamente 6 anos =P)
- 3 Lugares estranhos em que vc transaria: em um escorregador infantil, no elevador e em um ônibus (acho que ganhei da Ju no quesito lugares cabulosos =P)

OUTRAS PERGUNTAS
- Signo: Gêmeos

- Cor dos olhos: castanho-escuros.
- Numero favorito: 13
- Dia favorito: Sexta-feira
- Mês favorito: Julho
- Estação do ano favorita: Inverno
- Café ou chá? Café, sempre.

VOCÊ
- Tem problemas de auto estima: além do que eu gostaria

- Abriria mão de ficar com alguém muito gato por respeito ao próximo: talvez
- Iria a uma micareta: já fui. É legal rir dos bêbados.
- Cuidaria de amigos bêbados: já cuidei
- Dá toco sem problema nenhum: sim

NAS ULTIMAS 24HS VC:
- Chorou? Sim

- Ajudou alguem? Não
- Ficou doente? Não
- Foi ao cinema? Não
- Disse “te amo”? Sim
- Escreveu uma carta? Não.
- Falou com alguem? Sim
- Teve uma conversa séria? Não
- Perdeu alguem? Não
- Abraçou alguem? Siim
- Brigou com algum parente? Não
- Brigou com algum amigo? Não.

ALGUMA VEZ VC PODERIA:
- Beijar alguem do mesmo sexo? Sim

- Fazer sexo com alguem do mesmo sexo? Sim
- Saltar de paraquedas? Sim, grande sonho. E bungee jumping (escreve assim)
- Cantar em um karaoke? Booons tempos
- Ser vegetariano? Não, sou carnívora
- Se embebedar? Sim, mas não ao extremo
- Roubar uma loja? Passo =P
- Se maquiar em publico? Sim

Agora todo mundo sabe mais coisas sobre mim :D

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Uma (quase) volta


Voltei.
Já faz meses que o computador voltou, mas a inspiração para postar aqui continua escassa. Estou passando por uma fase meio estranha, ou talvez seja só eu mesmo.
Muitas coisas boas aconteceram e coisas ruins também. As melhores foram o Teatro Nacional da China, Chá Árabe, Festa de Santa Sara Kali. As ruins, logicamente, não serão comentadas.
E sim, isso está parecendo mais um vez um diário ou uma receita de bolo :P
Como minha insipiração para este blog está escassa, vou 'reviver' um antigo blog.
Só porque sou nostálgica o bastante
Ah, e essa coroa de flors aí... estava na minha cabeça na virada do ano.
Olá!

terça-feira, 28 de abril de 2009

Alfie, o sedutor.


Voltei. Poderia ter voltado mais cedo, mas o bloqueio continua. Talvez a quantidade de vezes que escrevo isso aqui seja a verdadeira causa da continuação... de qualquer jeito, pouca coisa mudou ou aconteceu. E, como não tenho nada muito interessante para falar vou simplesmente postar algo bem tosco.


Alfie, o Sedutor.

Acho que provavelmente todas conhecem esse filme. Mas o que poucas, quase nenhumas, conhecem é outro Alfie. Esse cavalinho aí embaixo, cujo nome é Alfie, gosta do seu bigodinho suuuuper sexy. Segundo tratadores, ele é capaz de correr 1 km se desconfiar que alguém irá cortar o seu queridinho.

Link da notícia: http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/0,,MUL1099788-6091,00-CAVALO+VAIDOSO+LUTA+PARA+MANTER+BIGODE+INTACTO.html

Sabe, quando a gente pensa que acabou. Só está começando.

P.S.1: Nunca, nunca mais bebo para dançar.
P.S.2: Blog com fotos maravilindas » http://tudomausrapazes.blogspot.com/

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Tirando as teias

Carnaval, carnaval. Quem dera meu ano só estar começando depois do carnaval. Paciência.
A minha rotina voltou com tudo, saí dela em alguns finais de semana (que renderam risadas, muitas risadas).Fora isso nada demais.
Estou em uma cidade da Bahia chamada Itacimirim, é bem bonitinho aqui. Hoje fui ao Projeto TAMAR e posso dizer que isso só me deu mais vontade de seguir a carreira de bióloga e mandar a neurociência para a pqp, cliquei muitas tartaruguinhas simpáticas, peguei em bichinhos e até tirei fotos em que eu saía de um ovo.
Assim que voltar para a minha cidade vou "grudar" em um tiozinho do meu prédio que trabalha no Ibama e pedir que ele me leve para ver uma arribada. Como a época já está acabando (eu acho) espero que seja logo porque eu tenho certeza de que será inesquecível!
*
Realmente achei que toda aquela história das cartas Romanov iria provocar algo mais. Porém não recebi sequer um comentário! Assim não dá rs.
*
Mais um solo de dança se aproxima! E daqui a 4 eu poderei ser "batizada" com meu nome artístico (ainda nem escolhi). O motivo da demora é simples: ainda não tenho 18 anos. Mas, vai valer a pena esperar, amadurecer e pesquisar mais o meu nome. Esse dia será muito especial para mim, um novo passo na dança e com certeza em minha vida.
Voltando ao solo. Escolhi o meleah laf:
"Meleah Laf significa lenço enrolado. Esta dança foi vista unicamente no Egito, mais especificamente no subúrbio do Cairo. Nos anos 20, surgiu uma moda no Cairo, onde as mulheres da sociedade começaram a usar o Meleah, grande lenço preto, enrolado ao corpo. A moda passou, mas as garotas do subúrbio até hoje continuam a usar seus lenços. No entanto, agora elas o usam na dança. A amarração padrão do Meleah passa o véu por baixo dos seios, prendendo uma das pontas embaixo do braço. Do outro lado, o véu passa por cima da cabeça e é seguro pela mão. Durante a dança, a bailarina "puxa" o Meleah para que este fique justo ao corpo e ressalte suas formas femininas, principalmente o quadril. No decorrer da música, a bailarina solta o lenço e dança até o fim com ele nas mãos.
É comum vê-las dançando com um chador (quase sempre de de crochê) cobrindo o rosto, que também pode ser tirado no decorrer da apresentação. Outra observação interessante: a dançarina masca chiclete durante a dança (tradicionalmente, as egípcias costumam mascar goma de miske). O jeito de andar, o lenço e o chador cobrindo o que mais tarde será descoberto, o ato de mascar chiclete , a música (sempre muito alegre e festiva) são fatores importantes que caracterizam o jeito das garotas Baladi do Egito. É uma dança cheia de estereótipos, onde é necessário charme e uma pitada de ousadia de quem a interpreta."
"No caso da Meleah Laf, a dança é uma representação do estilo das Bint El Baladi, que vai desde o modo de se vestir, aos trejeitos dessas mulheres. Portanto, se uma bailarina representando essa dança se aproximar do público, fumar arguille, fazer uma gracinha com alguém, cantar, mascar goma, entrar de sapato e tira-lo no meio da dança de forma despojada, nada disso pode ser considerado errado."
Já vi vários vídeos para achar idéias, até agora o meu predileto foi:


domingo, 22 de fevereiro de 2009

Carta de Aleksandra a Nicolau, 22 de fevereiro de 1917


"N. 644 Ts. Ts, 22 de fevereiro de 1917(1)



Meu muitíssimo precioso, com angústia e dor profunda, deixei você ir - sozinho, sem a terna, carinhosa, ensolarada companhia do Bebê (2)! E em tempos tão difíceis como este pelo qual estamos passando agora. Estarmos separados torna tudo tão mais difícil de suportar - nenhuma possibilidade de lhe fazer uma suave carícia quando pareces cansado, atormentado. Verdadeiramente, Deus te enviou uma cruz terrivelmente pesada para carregar e eu gostaria tanto de ajudar-te a carregar o peso. Tu és bravo e paciente, mas minha alma sente e sofre contigo muito mais do que posso dizer. Nada posso fazer, senão rezar e rezar. Nosso querido amigo (3) assim o faz no além por ti - lá ele está mais perto de nós -, embora desejemos lhe ouvir a voz de consolo e estímulo. - Deus ajudará, estou convencida, e enviará ainda a grande recompensa por tudo o que suportas - mas quanto tempo esperar ainda! Parece-me que embora as coisas estivessem tomando um rumo melhor - Amor, sê firme, mostra a mão do senhor, é disso que os Russos precisam. Amor e bondade nunca deixastes de demonstrar - agora deixa que, às vezes, sintam teu punho. Eles mesmo pedem isso - quantos me disseram - "queremos sentir o chicote" - é estranho, mas tal é a natureza escrava [eslava], grande firmeza, dureza mesmo - e cálido amor. Desde que, agora, começaram a te "sentir" e Kalinin (4), eles começaram a se aquietar. Eles precisam aprender a temer-te - o amor não é suficiente. Um filho que adoro o pai precisa ainda temer irritá-lo, desagradá-lo ou lhe desobedecer - temos que usar as rédeas, soltá-las e recolhê-las, deixar sempre que a mão do senhor seja sentida; em seguida, eles darão também muito mais valor à bondade - a suavidade apenas eles não compreendem.- Os corações russos são estranhos e não ternos ou suscetíveis nas classes mais altas, estranho dizer isso. Eles precisam de tratamento decidido, especialmente agora. - Sinto-me triste porque não pudemos ficar a sós em nosso último almoço, mas eles são teus, que querem também estar contigo. A pobre pequena Xenia (5), com tais filhos e a filha casada naquela família perversa - e com aquele marido tão falso (6) - sinto uma profunda pena dela. - Há tanta dor e sofrimento em todo o mundo - uma única dor em nosso coração, onde rói incessantemente - essa ânsia tão grande por descanso e paz, apenas para conseguir um pouco de força para continuar a combater e lutar ao longo desta estrada de espinhos em direção à meta dourada.

Eu espero que não tenhas dificuldades ou aborrecimentos com Alekseiev (7) e que possas voltar logo - e não é por pura saudade egoísta que falo, mas porque vejo bem demais como as "massas ruidosas" se comportam quanto estás por perto - elas te temem e devem temer-te ainda mais, de modo que, onde quer que estejas, elas sintam o mesmo tremor. E quanto aos ministros, tu és uma força tão grande e guia - volta logo - entenda, não imploro por mim e pelo bebê mesmo porque isso tu sempre sabes. Compreendo que nos casos em que o dever chama - e isso acontece agora mais aqui do que aí. De modo que, ponha simplesmente as coisas em movimento e esteja em casa em dez dias - até que as coisas sejam realmente o que devem ser. Tua mulherzinha permanece aqui guardando a retaguarda, embora pouco possa fazer, mas os bons sabem que ela é teu inabalável apoio. - Meus olhos doem de tanto chorar - da estação irei diretamente para Znamenia (8), mesmo que eu tenha estado lá contigo antes - para conseguir calma e força e rezar por ti, meu Anjo - ah, Deus, como te amo! - Cada vez mais, profundo como o mar, insodável em ternura. Dorme calmo, não tussas - que a mudança de ar possa fazer-te bem novamente. Que os Santos Anjos te guardem, que Cristo esteja próximo de ti e a doce Virgem nunca te deixe - nosso Amigo nos deixou por ela - Znamenia. Eu te abençôo +(9), aperto-te fortemente em meus braços e descanso tua cabeça cansada em meu peito. Ah, a solidão das próximas noites - Sem Sunny ao teu lado - e tampouco Sunshine [ Aleksei]. Todo nosso amor, ardente e carinhoso te envolve, por Deus Todo-Poderoso. Sente meus braços te envolvendo, sente meus lábios ternamente colados aos teus - sempre juntos, nunca sozinhos. - Até breve, Doce Amado, volta logo - para tua


Sunny

+

Por favor, procura a "Virgem" logo que puderes - rezei tanto por ti lá. "




Notas:



  1. Aleksandra numerava as cartas que enviava a Nicolau. Tsarkoe Tselo (hoje, Puchkin) situa-se a 24 km de Petrogrado (que era conhecida como São Petersburgo até a Primeira Guerra Mundial), a capital da Rússia Imperial. Antes da Revolução de Fevereiro, o Palácio Aleksandrovski, em Tsarkoe Tselo, era a principal residência de Nicolau e família.


  2. Alekesei Nikolaevich, o tsarevich ( ou caesarevich, como era então chamado), filho de Nicolau e Aleksandra, era o herdeiro do trono. Nasceu em 1904. Em 1915 e 1916, passou muitos meses no quartel-general, em companhia do pai.


  3. Grigori Iefimovich Rasputin, o vidente da corte, assasinado por aristocratas em dezembro de 1916


  4. Aleksandr Dmitrievich Protopopov (1866-1918), conhecido em Ts. Ts. como general Kalinin. Protopopov era mebro do Partido Outubrista, deputado da III Duma do Estado, e vice-presidente da IV Duma do Estado. No dia 18 de setembro de 1916, com a ajuda de Rasputin, foi nomeado ministro do Interior. Era um dos conselheiros em quem Nicolau e Aleksandra depositavam maior confiança.


  5. Kseni Aleksandrovna, grã-duquesa, irmã mais velha de Nicolau.


  6. Em 1914, a filha de Ksenia Aleksandrovna, Irina, casou com o príncipe Feliks Iusupov, que pariticpu em 1916, do asassinato de Rasputin - e daí a execração de Aleksandra.


  7. Mikhail Vassilievich Alekseiev, general-ajudante. De agosto de 1915 a março de 1917, foi o chefe do Estado-Maior do comandante-chefe do Exército russo.


  8. A igreja Znamenski, localizada perto do liceu, em Ts. Ts., foi construída, em 1747, para abrigar o ícone de Nossa Senhora do Sinal (Ikona Znameniia Bozh'ei Materi). Aleksandra sentia uma veneração especial pela imagem da Virgem, com Cristo no ventre, e que era também a guardiã da Casa dos Romanov e famosa por suas curas milagrosas.


  9. Aleksandra freqüentemente desenhava o sinal da cruz em suas cartas.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Viva la vida

Tenho ouvido demais essa música, na verdade havia colocado aqui o que fazia com uma música quando ela não saia da minha cabeça. Este post estava programado para segunda, mas ao checar vi que na verdade não tinha nada programado.
Não vou escrever novamente, só deixarei o vídeo.
Mais um final de semana tedioso onde minha única salvação foram as lindas cartas de Aleksandra para Nicolau II e vice-versa, saber mais detalhes sobre a sua prisão e ver como a Revolução Russa em seus primeiros momentos foi tão diferente das outras. Provavelmente não farei outro grande resumão, só esclarecerei algumas coisinhas.
A data das cartas não é a do calendário juliano (nosso atual) faz parte do calendário gregoriano (o que dá uma diferença de 18 dias nas datas). Como eu não pretendo ficar convertendo nada, vai ficar na nossa data mesmo.
Só postarei as cartas do casal e um ou outro documento mais interessante. Vou tentar deixar o máximo de cartas programado assim não terei problema com esquecimento de datas.
Amanhã recomeça a minha rotina sem graça e sem muito descanso, mas no fundo no fundo eu gosto disso. Pelo menos mantem minha mente longe de bobagens e de possíveis crises de choro. Infelizmente a ociosidade tediosa me deixa mais depressiva do que gostaria. Porém nada melhor do que um dia cheio de coisas a fazer para me curar disso.
E é claro, um bom livro para ler.


sábado, 31 de janeiro de 2009

A queda dos Romanov



A história dos Romanov me fascina desde a primeira vez que estudei Revolução Russa. Na verdade a Rússia me fascina. Afinal, não é todo dia que vemos um país cuja economia não é das melhores ser tão respeitado no cenário mundial. A Rússia faz parte do G8 e está muito longe de ser a 8º maior economia. Antes de invadir o Iraque o presidente dos EUA foi "consultar" o presidente russo. Claro, existem várias outras coisas e fatos mas esses dois são os que mais chamam atenção.

Voltando o foco para o início, estou lendo um livro muito interessante cujo título é o mesmo do post. Este livro conta com detalhes os últimos momentos da família Romanov e conta também com documentos traduzidos. Pode parecer estranho mas quando se trata de história gosto de saber o que está por trás dela, quais foram os caminhos, os impasses, enfim tudo o que os livros didáticos não trazem.

Fatos como... Nicolau nunca querer ter sido czar, preferindo ficar com a sua família e sua amada Sunny (apelido carinhoso para Aleksandra), preferir ir para frente de batalha ao invéz de tentar amenizar o povo, que faminto e desejoso de mudanças transformava a capital da mãe Rússia em um verdadeiro caos.

Saber por exemplo que a czarina Aleksandra numerava as cartas enviadas para seu 'doce amado' e assinava como sua 'velha mulherzinha'. Ver que existia amor por trás da guerra. Um amor talvez não tão comum para época já que a Rússia mantinha muitos costumes do século XVI em pleno século XX.

Descobrir que as mulheres Romanov foram as últimas a morrer por terem mandado fazer uma espécie de colete com as jóias que puderam trazer de seu palácio e que na verdade os Romanov não esperavam morrer no dia em que foram fuzilados e sim mudar de cativeiro e antes disso tirar uma bela foto para provar ao povo que a família real continuava viva.

Ou simplesmente ficar boquiaberta ao saber sobre a primeira vez que Rasputin estancara o sangue do pequeno Aleksei: por telefone. Entender o porquê do governo ter ficado nas mãos dele enquanto Nicolau estava fora e me perguntar sobre as origens de tão misterioso homem. Saber sobre os escândalos, sobre sua morte planejada. Descobrir sobre a carta encontrada nas coisas dele. Tal carta dizia que ele tinha conhecimento de sua morte iminente e que se esta fosse causada por alguém da família toda ela estaria morta em um ano. E é claro ficar mais boquiaberta ao ver sua "praga" se concretizar.

Por esses e outros motivos, decidi postar aqui as cartas do livro. Na dat original em que foram mandadas. Quem acompanha o blog a algum tempo vai lembrar de posts onde eu falava sobre ciência. Pois bem, história é uma ciência talvez não tão objetiva mas é através dela que procuramos entender alguns fatos atuais e até mesmo tentar consertá-los.
Espero que gostem, eu pelo menos adorei.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Uma viagem, uma explosão

Voltei, voltei. Mas não completamente. Parte disso está descrito no título. Sim, meu computador explodiu, claro que não da forma exagerada que parece ser. Primeiro vamos aos poucos detalhes de minha viagem.
Tudo correu normalmente e como o esperado. Infelizmente não pude conhecer muito da cidade já que passei poucos dias, vi de perto alguns cartões postais e toda aquela burocracia turística. Foi bastante divertido ver o meu irmão. Voltei na segunda às 2h, no outro dia tinha aula (pode ter certeza como isso foi "animador").
Ah é, pulei a parte da explosão. Então, depois que cheguei decidi conectar para escrever aqui algo preparado na viagem. Liguei e... er, um pequeno clarão e um barulho não muito característico. E assim fiquei sem computador e na verdade ainda estou.
No primeiro final de semana fui para uma grande festa conhecida como 'Pré-Caju' que é basicamente uma prévia carnavalesca/micareta. A música não agradou muito, como o esperado, mas o que realmente agradou (ou agradaram) foi o belo desfile de "áreas de lazer" sem camisa. Posso dizer que do camarote tive visão privilegiada de tanta fartura muscular. Fora isso, diverti-me vendo travestis mostrando os seios e rebolando por aí. Vi algumas brigas igualmente divertidas e só. Sei lá, festas como essas não são a minha praia e só fui porque consegui uma vaguinha a tempo. Mas para quem gosta de muita gente, muita "área de lazer" e muita bebida, vale a dica.
Fora isso a minha vida tem sido basicamente estudar. Estudar de manhã, estudar pela tarde e... claro que dormir a noite. Mas este é o último ano de uma fase então não custa nada ralar um pouquinho e deixar provado em meu currículo que eu sou no mínimo esperta.
Claro, meus planos não terminam por aí. Mas por hora vou apenas relaxar e fazer a minha parte com empenho. E ver se finalmente os meus frutos serão colhidos.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Brasília

Devo estar chegando em Brasília agora. Coisas novas me esperam, coisas novas e igualmente... misteriosas? Não sei. Só espero ter boas fotos, lembranças e histórias. Espero não voltar dessa cidade mais triste. Irei matar as saudades do meu irmão também, embora eu não tenha sentido tanta falta assim dele.
Sinto-me um pouco culpada, mas acho que não é só culpa minha. Afinal ele quase nunca parava em casa. De qualquer jeito, se tudo der certo, próximo estou indo morar com lá.
E até próximo ano ainda restam alguns dias... que eventualmente passarão rápido, rápido demais para muitas reações.
Enquanto isso eu fico aqui no avião tentando matar o tédio. Quem sabe eu arranje alguém para jogar Uno.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Prêmios

Bom, agora eu posso passar adiante os prêmios. Estou feliz de ter recebido o mesmo duas vezes :D!

Prêmio dardos :





Regras:

1 - Aceitar exibir a imagem. ◄
2 - Linkar o blog do qual recebeu o prêmio.
3 -
Escolher 15 blogs para entregar o Prêmio Dardos. (Não tenho 15, não tenho 15!!)

► Indicados:



O que elas estão lendo!?

E quem é que sabe?

Bem isso foi o máximo que consegui. Metade dos donos desses blogs sequer sabem da minha existência mas eles podem ter certeza que eu li pelo menos mais da metade dos arquivos. De alguns li o arquivo inteiro então... acho que merecem :D
Eu poderia indicar o Oh my god denovo, mas achei que a coisa iria ficar muito "bate-e-volta"

Agora o segundo prêmio!



6 Regras:

  • Linkar a pessoa que te indicou.
  • Escrever as regras do meme em seu blog.
  • Contar 6 coisas aleatórias sobre você.
  • Indique mais 6 pessoas e coloque os links no final do post.
  • Deixe a pessoa saber que você a indicou, deixando um comentário para ela.
  • Deixe os indicados saberem quando você publicar seu post.
6 coisas sobre mim:

  • Sou nostálgica (muito)
  • Amo dançar
  • Sou desastrada
  • Perco o amigo mas não perco a piada
  • Sou esotérica
  • Gosto do mar
6 links:



That's all folks!

Mudanças

Não sei se deu para notar mas o blog está de cara nova. Sempre fugi muito do fundo preto mas acho que acabei sendo pega por ele! Gostei dessa fada porque ela traduz o subtítulo, ela tem asas porém está deitada preguiçosamente em uma rosa... é gostei disso! Em breve colocarei a imagem original ao lado para possíveis comparações e devidos créditos.
Nada muito maior para comentar, exceto a segunda vez que fui indicada ao 'Prêmio Dardos' e o 'Prêmio 66' cujos selos ainda não consegui pegar mas assim que conseguir postarei aqui e farei as devidas indicações e tudo mais.
Viajarei amanhã às 3h da tarde e só volto na segunda-feira (ainda nem olhei o horário) então ficarei um tempo sem postar ou deixarei algo programado para preencher os dias da minha ausência. Utilizarei muito essa ferramenta de agora em diante já que minhas aulas voltarão e esse ano será bastante pesado.
Sem mais comentários, espero que gostem da nova cara do blog que talvez não se chame mais 'Esquizofrenia Coletiva' ou talvez sim. Por enquanto ele vai ficar só com o subtítulo.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Insônia


Não tomo café faz muito tempo. Tomei Coca-cola mas não sei se ela está tão poderosa como o café. Comi Mc Donalds e tomei uma casquinha (será que foi isso?), depois tomei leite com Nescau (aposto que foi isso!), como não teve mais jeito passei a escrever e escrever. Escrever para matar a saudade e para me manter mais perto de pessoas queridas.
Não pude ver o sol nascer, mas deu 7h e 30min da manhã e eu ainda estava acordada tentando achar explicações para o motivo da noite em claro. Juro que tentei dormir, juro mesmo. Não foi por ter ficado assistindo tv, talvez seja ansiedade.
Ansiedade dos dias por vir e das experiências a serem realizadas, ansiedade de um ano que com certeza irá mudar e muito a minha vida. Só espero que para melhor.
Enquanto não dormia comecei a pensar nos rumos tomados por mim. Como seria se eu tivesse aceito o pedido daquele rapaz que pedia apenas uma tarde? Apenas uma tarde comigo, nada mais. Ou aquele que queria uma festa, uma ida ao shopping ao meu lado. Por que diabos eu fui trocá-los por um que não pedia coisas bobas mas me fazia entregar minha vida em uma bandeja? Pensei em maneiras de encontrar-me com o destino ou fazê-lo fluir ao meu gosto. Escrevi uma carta, em meu diário, no diário-presente. Assisti a programas interessantes outros nem tanto.
Quando às 9h eu decidi tentar dormir, não pude. Ligaram para mim às 10 e logo depois às 11. Conversamos, rimos e eu fiz piadas com meu estado. Sinto falta disso de conversar com pessoas amigas e rir, fazer piadas e rir ainda mais. Lembrar momentos principalmente isso, pessoas e lugares.
Ainda não consegui dormir, tenho a esperança de que esta noite seja a mais bem dormida da minha vida. Algo como sonhos cor-de-rosa e um gosto alegre de manhã.
Realmente preciso disso, desses sonhos e risadas que tanto me fizeram falta em 2008. Preciso daquela esperança passageira de janeiro. E por falar nisso, colocarei aqui uma passagem do livro

'O Cemitério'
de Stephen King:


Primeiro algo que discordo:

"O ser humano comum leva sete minutos para mergulhar no sono, mas, segundo a Fisiologia Humana, de Hand, o mesmo ser humano leva de quinze a vinte minutos para despertar. É como se o sono fosse um poço, de onde sair é mais difícil que entrar."
Após horas como as minhas é difícil acreditar na parte em negrito.

"Se tenho no inicio do ano um período de duas semanas em que não morre ninguém, Lou, posso contar que, mais dia menos dia, terei outro período de duas semanas com dez funerais. Raramente o surto ocorre em novembro e nunca perto do Natal, embora as pessoas achem que morre muita gente no fim do ano. Essas idéias sobre mortes no Natal são pura tolice. Pergunte a qualquer agente funerário. Em geral as pessoas estão realmente felizes na época do Natal e querem viver. Por isso vivem. (...) "

É sobre essa esperança que falo. Espero poder tê-la mas de forma plena e não terminar como esse trecho:

"Então chega o velho e cruel fevereiro e é como se elas se cansassem da luta. O câncer simplesmente as embrulha como um tapete. Em 31 de janeiro, estão a pleno vapor, atingem o máximo da vontade de viver. A 24 de fevereiro já estão enterradas. As pessoas têm ataques do coração em fevereiro, derrames em fevereiro, colapso renal cm fevereiro. É um mês bem ruim. As pessoas estão exaustas em fevereiro."


sábado, 10 de janeiro de 2009

20 e poucos anos

Achei esse texto incrível e decidir colocar aqui.

"Ah, as mulheres de vinte anos! Entre vinte e trinta. É o que há de melhor em mulheres no Brasil. E, antes de ser tachado de velho tarado, aviso: não estou falando do corpo, não. Mas da cabeça. É a cabeça menos preocupada em se tornar linda fisicamente. São lindas, simplesmente são . Desde a geração da minha bisavó (nascida no final do século 19) eu não vejo mulheres brasileiras tão autênticas. Tão elas. São elas, entre 20 e 30.


E eu acho que eu vou arriscar um palpite. Elas são filhas do que já houve de mais doido e revolucionário neste Brasil. São filhas de ex-hippies, ex-lideres políticos estudantis ou de outras minorias, filhas de pai que já fumaram (e a maioria tragou), filhas de quem viu o homem subir no espaço e dizer que a terra é azul e, especialmente, filhas de feministas quase ortodoxas. Enfim, filhas de uma geração que lutou para abrir portas.

Os seus pais, por serem iniciantes (além de muito jovens) em suas rebeldias, foram extremamente radicais. Me lembro de uma amiga feminista que não admitia que um homem segurasse no seu cotovelo para ajudar a atravessar a rua. Mas as mulheres de vinte não são feministas, são fêmeas. Ponto.
E as mulheres, que hoje têm entre 20 e trinta anos, souberam amenizar todo aquele nosso radicalismo. Parece simples, mas já nasceram com a sabedoria e a revolução que seus pais fizerem. Alguns, até morrendo.
Tudo isso além, é claro, daquela tatuagem que entra para dentro do biquíni, só pra gente ficar imaginando o que é aquilo e onde vai dar. Além, é claro, daquela orelha cheia de brilhantezinhos. Além, é claro, daquela certeza de quem sabe que é. Além, sobretudo, do tom que vai do cor-de-rosa ou jambo verde-amarelo.

Antes mesmo de começar a escrever sobre você, que tem entre 20 e 30, recebi um mail de uma de 22, jornalista e emancipada:
“Meu querido, mulher de 20 e poucos anos, não fica rindo quando fuma um baseado, não. Fica sim, louca para ficar, para experimentar todas as sensações que, por ter 20 e poucos anos, ela ainda não conhece. E não há nada mais excitante do que a curiosidade - principal qualidade da mulher de 20. E com 20 anos essa curiosidade vem livre de medos e receios, pronta para usar e aguçar.

Mas o melhor de tudo é que com vinte e poucos anos vc acredita que a vida é simples; que nós vivemos do que acreditamos; amamos tudo e todos, queremos dar e receber muito amor; conhecer gente, trocar energias, pegar um pouquinho de cada pessoa que passa pela nossa vida, desejar apenas fazer o bem, ser uma pessoa boa. Papinho bicho grilo este, né? Pode ser, mas tão mais saudável do que pensar na barriguinha que tá crescendo, no botox que é caro, no cabelo que precisa de escova, no medo de envelhecer e etc”...

Ah, as mulheres de vinte... Abreviam tudo!
A maioria delas já é mãe. São mulheres que convivem com filha, mãe e avó. Algumas até com bisavó. Apenas elas podem tirar proveito de viver um século inteiro sem sair de si mesmas. Aprendeu com a avó, com a mãe e agora se assusta com a própria filha. Que não a chama de senhora, onde já se viu? E a enfrenta na frente “das visitas”.
Demorou um século para surgirem as mulheres de vinte. E nos puseram nos nossos devidos lugares. Admiradores, fãs e, porque não dizer, pai de uma delas que me ensina, diariamente, que viver não é tão complicado assim. Basta ter vinte anos. Sempre. Mesmo tendo acabado de fazer 58!Ah, as mulheres de vinte anos! Entre vinte e trinta. É o que há de melhor em mulheres no Brasil."

Mario Prata

Roubado do: Complexo de Carrie

Olá 2009, aceita um vinho?


Esse post tem sido constantemente adiado. Como primeiro post do ano, teria que ser especial ou pelo menos diferente de todos já feitos aqui. Para isso, tenho escrito muito em meu diário e tentando encontrar no papel algo para tornar virtual. Não consegui encontrar ou pelo menos não pude, o bloqueio está me irritando cada vez mais.
A minha virada não foi como eu desejava e foi longe do que eu esperava. A maior parte foi chata, baixo-astral e qualquer outro adjetivo não muito feliz, já a outra foi boa e revigorante. Essa parte aconteceu lá pelas 8 da manhã quando tomava banho de mar. Não posso traduzir o que senti naquele momento, porém tenho certeza de que não foi uma fênix renascendo em mim e nem uma grande esperança de melhoras e risadas para 2009. O que senti nesse momento foi uma sutil muito diferença em meu pensamento, como uma pequena reorganização de desejos e ações. Não espero grandes conquistas ou grandes outras coisas e muito menos assisto ao fracasso que possa vir, apenas sento e faço a minha parte com calma, sem pressa, sem esperança mas sem pessimismo. Talvez fosse essa a chave para algo maior, algo oculto pela minha pressa de ter um passado divertido. Não direi que as rédeas foram tomadas como coloco todo ano no meu diário afinal elas não foram, continuo a mercê de um cavalo desconhecido e selvagem porém dessa vez eu sei onde me segurar para não cair. Espero poder tomá-las um dia e conduzir a carruagem para um lugar melhor aonde eu possa simplesmente viver.
Deixando um pouco de lado a parte séria, melancólia e talvez nostálgica, vamos aos motivos do meu título. No ano passado eu escrevi o primeiro post do ano com um título parecido. Dessa vez ofereço vinho pois ao oferecer café para 2008 acabei deixando-o ligado demais e acho que ele esqueceu o meu presente. Agora ofereço vinho para relaxar e descontrair. Uma tentativa um tanto frustrada mas fazer o quê? A gente caça com o que pode, já dizia aquela frase.
Vou colocar aqui alguns trechos que se repetiram nessa passagem:

Este começo de ano me foi um pouco chato, para não dizer nada divertido... mas, no final (ou no início?) ficou tudo bem, fui à praia, tomei banho de mar bem na virada e até pulei as famosas sete ondas mas me esqueci de fazer os sete pedidos a cada onda, é essas coisas acontecem.

Passei uma semana na casa de praia, tentando me isolar de tudo e de todos e mesmo não conseguindo completamente, deu pelo menos para relaxar a mente e pensar em coisas da minha vidinha legal. Tenho que dizer, ir para a praia de tardezinha e ver o mar agitado enquanto se está sentado na areia, é simplesmente incrível (sim, eu não fazia isso a muito).

P.S.: Não passei uma semana inteira e não pude me isolar tanto e nem relaxar. Porém fui andar na praia e pude colocar alguns pensamentos em ordem como dito no início.

Acho que por hoje é só, espero o melhor para todos!