sábado, 16 de janeiro de 2010

Um band-aid na sombrancelha

O ano de 2009 foi bastante sofrido. Sim, estudar por mais se seis horas diárias, estudar no final de semana e no meio da semana. Descansar sim, mas nunca demais para não perder o fôlego. Estudar era a regra e viver uma exceção. Há quem diga que eu sou ingrata por dizer isso. Pois bem, 2009 me serviu para algo, mostrar o quão ingrata eu sou. Um ano intercalado por muitas lágrimas e um tanto de risadas e uma pitada de amor. Um ano que finalmente foi embora e do qual só agora eu comento algo aqui. Não importa, não importa quantos estejam lendo ou quantos comentam. É essa a verdade. Escrevo e sempre escrevi de vazio porque jamais consegui preenchê-lo de outro modo. Querer ser considerada uma escritora pelos meus períodos curtos é bobagem, sonhar demais, mas isso não me deixa parar de imaginar um capa de livro com meu nome ou um blog maior e comentado. A gente tem cabeça e vazio para que? A pessoa afetada que vos fala cansou de ter 'isso é besteira' como resposta aos meus sentimentos e ânsias. Agora enquanto escrevo ainda sinto o ressoar dessa palavrinha irritante. Não importa, a questão mesmo é que em algumas semanas eu serei universitária. Estudarei Direito, acham que algum dia darei uma boa advogada, promotora ou juíza? Quem sabe... mas a coisa mais legal ainda é que eu também vou estudar Biologia,sim, sim senhor. Essa pessoa afetada que vos fala vai ser bacharel (será que tem feminino para isso?) em Direito e Biologia. Em breve meus textos estarão cheios de jargão jurídico e biológico (estranho...), talvez eu fique mais afetada, talvez eu renasça como a louca que seguiu duas carreiras completamente diferentes. Por isso o band-aid na sombracelha, aqui ao invez de rasparem a cabeça, as moças raspam parte da sombrancelha e colocam um band-aid. Já eu não raspei, apenas coloquei um band-aid da florzinha, o qual joguei de raiva no chão de uma longa avenida... mas isso é história para ser esquecida ou pelo menos colocada de lado por algum tempo.
Bem, sem mais delongas. Coloco a mão no peito e grito de forma muda:
"Sou duplo-universitária!"

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